quinta-feira, 11 de agosto de 2011

INVERSO...

Não negue ao seu corpo,

o meu prazer.

Venha... deixe-o estremecer

Nas carícias audaciosas de minhas mãos,

Na saliva quente de minha língua,

Na fome louca de minha boca.




Vem... desnuda-o inteiro para mim

e saberei fazer florescer o tesão

em cada centímetro da carne que me negas.




Em tua pele suada

brotarão arrepios,

sucumbirá por fim

esta razão velada

que te impede

de cair em meus braços,

de perder-se em meus abraços.




Não quero ouvir palavras de amor...quero sussurros.

Não quero vocábulos com sentidos...quero desatino.

Não quero expressões perfeitas...quero murmúrios.



Ou então,

dê-me o silêncio dos olhos tarados,

dos lábios sedentos,

das mãos errante,

assaltantes dos poros

na busca de recantos prazerosos.






Entrega-te ao desejo sentido,

permitindo que meus beijos ardentes

copulem com seus anseios frementes.



Vânia Moraes


quarta-feira, 6 de abril de 2011

Partitura do prazer...




Derramo meus beijos
na taça de tua boca vermelha
para bebe-los junto aos suspiros
de deleite dos beijos teus.

O sopro caricioso do vento
desvia nossos instintos para avanços e recuos
na comunhão carnal dos sentidos.

Os seios comprimindo teu peito,
induzem tuas mãos a dedilharem acordes
de uma melodia no corpo que faz-se instrumento
na cadência ritmada do prazer
na partitura do PONTO G



Vânia Moraes

terça-feira, 21 de setembro de 2010

SUPREMA FELICIDADE...


Suprema felicidade é repousar nos teus braços,

Deitar-me no cansaço,

Que o langor do teu corpo me faz.

É saciar lábios sequiosos,

Na delícia dos beijos que a tua boca me trás.

Suprema felicidade é permitir que os corpos,

se enlacem com fúria na ânsia do desejo

que explode em espasmos sucessivos de prazer

que escravizam,

que nos fazem servos

de mãos que castigam quando acariciam...

Suprema felicidade é ser um corcel arisco e fogoso

em cavalgada magistral

rumo aos píncaros do gozo alucinado

troteando sobre o macho tarado.

Suprema felicidade é ser poema de carne que encanta,

que me torna um pouco santa por tudo que fiz,

afagos, beijos, carícias, atos insanos

que me faz também meretriz.


Vânia Moraes


domingo, 4 de julho de 2010

Néctar dos Deuses




Os olhos deitam desejos no corpo,

um fluxo vertiginoso

corre nas fibras como uma lava

acendendo o caminho

percorrido pr tépidas mãos,

a invadirem a pele

com carícias audaciosas...Pecaminosas.

Afagos intensos

desbravam o prazer prometido.

Em cada parada...Um ponto de desejo.

Em cada ponto de desejo...Mais ousadia,

deliciosa agonia.

Agora as sensações

são filhas do tato e do sabor

porque a língua busca a boca,

corre pelo rosto

descendo o pescoço...É prisioneira do tesão esfomeado

instigada pela ânsia de sorver dos poros o prazer.

Tudo é belo e tem gosto de Ambrósia,

néctar dos deuses,

a banhar-me por inteira.

Seios intumescidos...Lambidos,

molhados pela saliva quente

da língua durinha

que toca os mamilos salientes

e que desce pouco a pouco pelo ventre

como um rastro de fogo

em busca da fornalha incandescente

para alimentar-se do calor umedecido,

escondida pelo monte

que guarda o santuário da carne macia,

da carne viva que lateja

na ponta das carícias da língua algoz

que penetra,

que baila valsando no clitóris

e que bebe o prazer

no prazer de amparar o meu gozo.

By Vânia Moraes

quarta-feira, 9 de junho de 2010

O GOZO




Esse desejo tumultuoso,

que crepita nos sentidos...

Desperta-me,

mostrando a vantagem de ser mulher,

desejada.

O desejo revira o que encontra encoberto,

deixando-me volúvel as sensações do corpo.

Ecoa a imperiosa voz do prazer,

no desconcertante enigma,

quando atingimos o limite,

quando se vai aos céus,

quando num sussurro,

se diz : Gozei !




By Vânia Moraes

quinta-feira, 20 de maio de 2010

ASTROS INDECENTES




Abandonei-me aos teus encantos

e tracei o itinerário da volúpia pelo teu corpo.

Teus olhos bolinavam meus seios,

mexendo com os nervos,

baratinando todos os sentidos.

Os músculos prometiam loucuras

naquele momento em que nos dávamos

os direitos de sermos macho e fêmea,

carne contra carne num duelo vibrante.

O tesão fluía como maré

numa enchente profana de libertinagem.

Tua voracidade atiçava meus pensamentos,

meus sentimentos.

Minhas carícias perdiam a suavidade

e ganhavam desejo, ousadia,

sensação de gelo e fogo consumindo os corpos suados.

Os prazeres na pele confundiam-se com o desalinho da cama,

Com a maciez dos lençóis.

Suguei tua língua e bebi os gemidos que seriam palavras

para afagarem meus ouvidos.

Em síntese...éramos dois astros incandescentes,

indecentes...divertindo-se com as fraquezas da carne,

com o prazer que consome e derruba no cansaço.


By Vânia Moraes


quarta-feira, 21 de abril de 2010

NA CAMA...




Te vejo,

Te desejo

Mas, temo o que não sei.


Receio o correr veloz do tempo

Que transforma nossos sentimentos

Num amontoado de carne,

Onde a luxúria dita a sua lei.


Com você quero muito mais,

Quero deitar-me contigo

Nos braços dos sonhos,

Banhar-me nas miríades matizes

Dos teus olhos azuis.


Quero esquecer-me das amarguras,

Das agruras,

Porque contigo nada temo

Se o amor for supremo

Bebendo um vinho

Ou dançando um blues.




By Vânia Moraes