domingo, 4 de julho de 2010

Néctar dos Deuses




Os olhos deitam desejos no corpo,

um fluxo vertiginoso

corre nas fibras como uma lava

acendendo o caminho

percorrido pr tépidas mãos,

a invadirem a pele

com carícias audaciosas...Pecaminosas.

Afagos intensos

desbravam o prazer prometido.

Em cada parada...Um ponto de desejo.

Em cada ponto de desejo...Mais ousadia,

deliciosa agonia.

Agora as sensações

são filhas do tato e do sabor

porque a língua busca a boca,

corre pelo rosto

descendo o pescoço...É prisioneira do tesão esfomeado

instigada pela ânsia de sorver dos poros o prazer.

Tudo é belo e tem gosto de Ambrósia,

néctar dos deuses,

a banhar-me por inteira.

Seios intumescidos...Lambidos,

molhados pela saliva quente

da língua durinha

que toca os mamilos salientes

e que desce pouco a pouco pelo ventre

como um rastro de fogo

em busca da fornalha incandescente

para alimentar-se do calor umedecido,

escondida pelo monte

que guarda o santuário da carne macia,

da carne viva que lateja

na ponta das carícias da língua algoz

que penetra,

que baila valsando no clitóris

e que bebe o prazer

no prazer de amparar o meu gozo.

By Vânia Moraes