quinta-feira, 20 de maio de 2010

ASTROS INDECENTES




Abandonei-me aos teus encantos

e tracei o itinerário da volúpia pelo teu corpo.

Teus olhos bolinavam meus seios,

mexendo com os nervos,

baratinando todos os sentidos.

Os músculos prometiam loucuras

naquele momento em que nos dávamos

os direitos de sermos macho e fêmea,

carne contra carne num duelo vibrante.

O tesão fluía como maré

numa enchente profana de libertinagem.

Tua voracidade atiçava meus pensamentos,

meus sentimentos.

Minhas carícias perdiam a suavidade

e ganhavam desejo, ousadia,

sensação de gelo e fogo consumindo os corpos suados.

Os prazeres na pele confundiam-se com o desalinho da cama,

Com a maciez dos lençóis.

Suguei tua língua e bebi os gemidos que seriam palavras

para afagarem meus ouvidos.

Em síntese...éramos dois astros incandescentes,

indecentes...divertindo-se com as fraquezas da carne,

com o prazer que consome e derruba no cansaço.


By Vânia Moraes